sexta-feira, 11 de maio de 2018

ÃNUS,GRANDE SOLIDÃO RETUMBANTE

Minha brava, gente
Ventos fortes arrepiando
O ânus da minha vanguarda
Calibrada com oxigênio

Sobre a minha farta tristeza
Do dia que você me largou
Querendo te alegrar batons
Blushs e rímeis

A arte inventa moda
A moda traz pensamentos
Meus sonhos
Com a sua carne

Fumando cigarros
Transando olhares
Suportando o insuportável
Medo de esquecer

Nas loucuras daquele porre
Sedentário ao processo de criação
Construindo aquele prazer
Dos prazeres olhares

Aqueles que me deixou desarmada
Sua gata criada
Passando pelo pó branco
Inúmeras vezes

Colocando seu perfume
Dentro da minha alma
Imaginando, pensando
Seu beijo com gosto de nicotina

Com amor surreal
Mas caindo
Em tom
De silicone

Daquele cinzeiro
Mas que ás vezes
Me faz lembrar
Que eu já tinha vivido

O mesmo momento
Com a mesma pessoa
Que vivi numa outra vida
Reencarnada no ofício

Do prazer que foi me dado
Mas que foi corrompido
Mais uma vez
Quem sabe, em outra vida
Você poderá me crucificar

Minha vontade de amar
Será a mesma
A mesma que eu vi há 300 anos atrás....







domingo, 6 de maio de 2018

ISQUEIRO PRETO, ROUPA PRETA,AMANDO EM PRETO

Todo mundo gosta de preto
Mas nem todo mundo usa preto
Preto é a junção de todas as cores
Preto é a magia
Magia do amor

Quando nós usamos roupas pretas
Usamos porque gostamos
São nossos amuletos
Faz parte na arte

Na arte do ilusionismo
De tentar se enganar consigo mesmo
Imaginar

Naquelas roupas pretas
Cintos
Blusinhas preta com detalhes

Nos meandros da sua própria vontade
De ser ou estar acompanhada
Remete ao delírio de querer ilustar seu próprio medo
De achar que o marrom é preto

Mas nem sempre foi assim
Bebendo sua coca cola gelada
Tomando aquele café
Tomou até o biotônico da vida


Na ressacada, do seu receio
Você se mostrou medrosa
Medrosa  para conhecer alguém
Que está aquém daquele quadrilátero perfeito


Sua saia desenhada
Artesanalmente pelo seu dodecaedro
Aquele que sempre esteve de preto
Aquele que quando seu cinzeiro

Todo desengonçado
Se levantou do centro da mesa
Fazendo chorar em ruínas
Fazendo borrar seu lindo batom preto


Tirando de sua lápide
Suas unhas postiças
Que haviam se quebrado
Trincando sua alma

Trocando seu maior erro
O alter ego o substituiu
Desafiou a própria lei da gravidade
Partindo o preto em pedaços desiguais

O emo em seus olhos
Começou a aparecer profundamente
Enquanto chegava naquele mausoléu
Em ruínas

Mas naquela noite
Cecília, estava observando
As paredes daquele mausoléu
Estavam lotadas de caveiras penduradas

Nas paredes e lápides
Mas em certo momento ela não era mais ela que estava por ali
Era a Fernanda, a Gabriela, a Camila

Naquela sombria noite
Ela foi chegando mais perto
Se apaixonando cada vez mais pelas caveiras
Mas ela queria uma luz

Foi ai que ela acendeu seu cigarro
Soltando suas baforadas
Lentamente
A fumaça do seu cigarro começou a ficar escura

E nisso ela ficou mais trevosa
Após ela terminar de fumar
Apagou seu cigarro com seu coturno
Contudo, as paredes começaram a se mover
E ela estava acreditando naquilo que ela mais amava

Foi ai, que as caveiras a puxaram com força
Possuindo toda sua gratidão
Caindo uma lama de sangue no chão
Sendo possuída pelo além da sua própria imaginação

E por fim, a noite estava virando dia,
O corvo era o guardião dos seus mais mortais
Pensamentos
Do seu amor pelo próprio medo
De encontrar o amor pelas caveiras


Tendo o corvo como guardião
Das suas faces nebulosas
Daquela noite que ela sempre sonhou em estar
O dia clareou e a parede sucumbiu as caveiras
Tornando apenas uma parede com flores .



SANTIFICADO SEJA O VOSSO NOME

Minha Codinome Beija flor, meu lírio, meu colírio Amor começa quando se diz: iluminai seus olhos, Beberei da sua chama acesa, tudo aquilo ...