quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

FACA DE DOIS GUMES

Era uma vez, Um casal que tinha o sonho  ter um filho, estamos falando de Carol e João.

Eles sempre queriam um filho, saudável, que seria muito amado pelo casal
Mas depois de 5 anos tentando, enfim, conseguiram
Carol, toda animada junto do seu marido João
João iria ser pai, algo para um homem muito gratificante
Enfim, veio ao mundo Patrick, um menino muito sadio, lindo com a cara do pai, para variar.
Patrick era muito paparicado
Era um menino lindo, que não dava trabalho algum
Os anos foram passando, e já estava no momento dele ir para a escola
Poderia dizer que era uma família muito feliz:
Carol, João e Patrick
Poderiam querer mais o quê ?
Nada mais! passaram alguns anos, exatamente quando seu 12º aniversário,
os pais estavam planejando de como seria sua festa.
Como ele já estava ficando um mocinho, um pré adolescente,
queria uma festa com salgados, doces, ele ama brigadeiro.
E queria também que fosse o sábado inteiro, jogar bola com seus amigos e à noite  cortaria o bolo.
Seus pais estavam meio reticentes com isso, porque ele ia se sujar justo no dia da sua festa de aniversário, mas acabaram deixando que ele fizesse o que quisesse.
Chega o dia da sua festa, todos seus amigos estavam  na sua casa,  jogando bola. Em certo momento do jogo, um de seus amigos chutou a bola muito forte e acabou entrando debaixo de um dos carros que estava estacionado. E quem foi pegar a bola foi o próprio aniversariante
O carro estava estacionado e quando ele estava tentando pegar a bola, veio correndo o proprietário achando que estavam querendo roubar seu carro, estava bêbado, e para piorar ele estava armado acabou dando dois tiros no menino que estava fazendo aniversário, entrou no carro e foi embora.
Carol e João vieram desesperados quando ouviram  o tiro e não acreditavam no que estavam vendo: seu próprio filho ali morto no chão, em frente à casa.
Seus amigos, todos ali estavam chorando, não estavam entendendo o que estava acontecendo.
Por não entenderem nada, não anotaram a placa do carro, não sabiam o nome do assassino do seu próprio filho.
A ambulância, a polícia, todos vieram, não conseguiram resolver.
Os pais estavam inconformados.
O enterro foi muito silencioso, amigos, pais e familiares do Patrick, foi uma comoção muito forte.
Anos se passaram com muita dor, não há possibilidade de ser cicatrizada a perda de um filho.
Mas um dia, Carol toda feliz, como a muito tempo não ficava, descobriu que estava grávida novamente.
Ela foi  dizer logo para seu marido João que estava esperando um filho.
Carol - Meu amor, uma segunda chance para nós, depois de tudo que  passamos, será muito amado por nós.
João - É  o que eu mais quero, depois de tudo, quero ser pai, poder levá-lo à escola, às festas.

Depois desse momento de emoção,  nasceu o filho que  tanto esperavam.  Carol pensou e batizou seu filho de Paulo.
Eles perceberam que ele era especial, que nascera com Síndrome de Down, mas iam amá-lo, amar mais do que nunca.
Ao passar dos anos, a família agora completa, estavam felizes, mas o marido de Carol, não estava se sentindo muito confortável com essa situação.
Ele levava seu filho para a escola, mas levava com se fosse uma pessoa qualquer, não o seu próprio filho, e dentro dele, tinha aquele preconceito forte com algo que é normal, mas naquele momento não era normal para ele.
Depois de mais alguns anos, quando Paulo estava com seus 12 anos.
Seus pais estavam discutindo, e ele ouvindo tudo
Foi quando...
João disse: - Porque não fizemos um filho normal, um filho que eu tivesse orgulho, que fizesse as coisas normalmente!!?? Porque isso?
Carol- amor, para com isso, você está sendo preconceituoso, quem disse que o Paulo não é normal?
Ele fala, brinca, faz tudo que outro menino da idade dele faz.
Mas foi ai que Paulo, desceu as escadas, olhou para os seus pais e disse:
Paulo- Pai, desde que eu era criança percebia que você me evitava, mas nunca o culpei por isso.
Eu tenho minhas limitações, eu sei disso, mas eu faço coisas normais, eu brinco, eu dou rizada, eu choro, faço desenhos, eu posso ter minhas limitações, e posso não culpar ninguém por ter nascido assim, mas uma coisa eu sei, é que sei amar, isso ninguém pode me tirar.
Paulo, foi até seus pais e ambos deram grande um abraço, estavam muito emocionados.



Nenhum comentário:

Postar um comentário

SANTIFICADO SEJA O VOSSO NOME

Minha Codinome Beija flor, meu lírio, meu colírio Amor começa quando se diz: iluminai seus olhos, Beberei da sua chama acesa, tudo aquilo ...